Após paralisação, JRM paga atrasados, mas problemas continuam

Após paralisação, JRM paga atrasados, mas problemas continuam

Após pressão do Sintricom e dos trabalhadores, a JRM, terceirizada que presta serviços na UTGCA (Unidade de Tratamento de Gás de Caraguatatuba), acertou o pagamento do adiantamento de salário e regularizou o convênio médico.

Em assembleia realizada hoje com o delegado sindical do Sintricom, Jorge Costa, os trabalhadores decidiram encerrar a greve, iniciada há uma semana e retomar aos trabalhos. Mas, ameaçam um novo movimento paredista, caso a empresa atrase o pagamento do salário de agosto, previsto para a próxima semana.

No entanto, parte do contingente que se apresentou ao trabalho hoje, não conseguiu exercer as suas atividades em campo, pois não foi disponibilizado uniformes para todos os trabalhadores. Por conta do trabalho realizado, a higienização dos macacões é feita por uma empresa especializada contratada pela JRM.

Os problemas da JRM, que assumiu o contrato como empresa parceira da G&E, já são conhecidos pelo Sindicato e pela categoria, que por várias vezes já paralisou às atividades.

Os constantes atrasos no pagamento de salários, ausência de depósito do FGTS (Fundo de Garantia por Tempo de Serviço), parcelamento do pagamento da PLR (Participação nos Lucros e Resultados), além dos diversos problemas operacionais como: falta de combustível em maquinários, falta ou precariedade no transporte dos trabalhadores até a unidade e para deslocamentos internos, reforçam os rumores de que a empresa terá o seu contrato rescindido pela Petrobrás e acender o temor de um novo calote.

Segundo o presidente em exercício do Sintricom, Marcelo Rodolfo da Costa, a postura da entidade com a JRM é de tolerância zero.

“Nós, junto com os trabalhadores decidimos que se a JRM voltar a atrasar, vamos paralisar de novo, até que o pagamento seja feito, como aconteceu agora e das outras vezes”, disse o dirigente sindical que cobra também a responsabilidade da Petrobrás.

“A precariedade dos contratos com a Petrobrás tem causado um cemitério de “gatas”, onde as empresas que assumem apresentam problemas desde o início. Com a JRM, estamos tomando todas as medidas cabíveis para evitar que os trabalhadores sofram com um novo calote, pois muitos ali estão na Justiça para receber o passivo trabalhista da G&E”, disse o presidente.


Alessandra Jorge