Sintricom segue na Caravana de Lutas contra o desmonte da Petrobrás

Sintricom segue na Caravana de Lutas contra o desmonte da Petrobrás

Um ato contra a política privatista do governo Bolsonaro que quer sucatear e depreciar a Petrobrás para vende-la a preço de banana, ocorreu nesta manhã em São Mateus do Sul-PR, na Unidade de Industrialização do Xisto (SIX).

A atividade faz parte da Caravana de Lutas Nacional, foi coordenada pelo Sindipetro-PR/SC e reuniu o Sintricom SJC e Litoral Norte, Sindipetro-LP, Sindipetro-SJC e SindiMont e trabalhadores petroleiros e terceirizados da SIX.

O presidente em exercício do Sintricom, Marcelo Rodolfo esteve presente no ato e denunciou a postura da Petrobrás nas licitações, que priorizam o menor preço, sem se preocupar com a saúde financeira das empresas contratadas. Destacou a manobra das empresas em buscar “sindicatos forasteiros” na tentativa de precarizar as condições de trabalho com a retirada de direitos.

“Quando a gente entra na portaria não existe crachá diferenciado. A Petrobrás hoje não vê estabilidade financeira, vê o menor preço e as empresas descontam nos trabalhadores precarizando as condições de trabalho. Não podemos permitir que as privatizações avancem, pois a venda da Petrobras trará ainda mais riscos e desempregos”, disse o presidente Marcelo.

A SIX está também na mira da atual gestão da Petrobrás que tem ameaçado a prefeitura e o governo a renegociar a dívida dos royalties sobre a exploração do xisto. A alta cúpula da empresa ameaçou fechar a unidade caso não consiga o que quer com o objetivo de reduzir passivo e assim facilitar a venda. A SIX produz óleos combustíveis, GLP, gás combustível, nafta, enxofre e insumos para pavimentação.

A Caravana Unitária de Lutas saiu de São Paulo e avança para outros estados graças à política de desmanche da empresa que tem se tornado uma triste realidade. Ontem, o ato nacional foi realizado na REPAR (Refinaria Presidente Getúlio Vargas) em Araucária, PR.

Assim como o Sindipetro-LP acreditamos que defender a Petrobrás é defender investimentos em educação, cultura, esportes, infraestrutura e desenvolvimento. A privatização coloca em risco a soberania nacional, ameaçada com o aumento da dependência do país por combustível importado e entrega de cerca de 75% do petróleo brasileiro a empresas estrangeiras, dentre outros ativos estratégicos vendidos a preço de banana.


Alessandra Jorge