Sindicatos exigem pagamento de periculosidade para trabalhadores da dutovia

Sindicatos exigem pagamento de periculosidade para trabalhadores da dutovia

Mesmo trabalhando próximos da linha “viva” da Transpetro, onde circulam produtos altamente inflamaveis, trabalhadores da Niplan na obra da dutovia Guararema – São José dos Campos não estão recebendo o adicional de 30% de periculosidade como garante as leis trabalhistas.

Em assembleia hoje no Terminal da Transpetro em Guararema com os presidentes do Sintricom de São José dos Campos, Marcelo Rodolfo, Aldeir dos Santos – Barão do Sindicato da Construção Civil e Mobiliário de Jacareí e Josemar Bernardes – Bacaninha, foi relatado pelos trabalhadores a indignação de trabalhar em situação de risco e não receber nada mais por isso.

“Qualquer área que vocês trabalhem aqui da saída do Terminal até pra frente é área de risco e vocês tem direito a periculosidade. Mas, a empresa não reconhece isso, nós já pedimos pra ela o laudo e vamos juntar essa documentação e entrar com processo cobrando esse pagamento”, disse o presidente do Sintricom SJC, Marcelo Rodolfo.

Acordo vigente

Os três sindicatos que atendem a área de abrangência da dutovia (Sintricom de São José dos Campos, STIC MOB de Jacareí e Sintramog em Guararema) junto com os trabalhadores fecharam no início da obra um acordo que prevê uma nova negociação quando os trabalhos chegassem a Refinaria Henrique Lage (REVAP) em São José dos Campos.

“Depois da Reforma Trabalhista que prejudicou muito os trabalhadores e também a organização sindical, a nossa unidade se tornou ainda mais importante. E Acordo Coletivo é uma forma de garantirmos benefícios sociais e econômicos negados para a maioria da população. E feito em conjunto com os três sindicatos torna nossa negociação mais forte”, disse o presidente do Sintramog, Josemar Bernardes – Bacaninha.

Além do pagamento do adicional de periculosidade, assim como na assembleia na Revap, realizada ontem (20), a falta dos depósitos do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS), bloqueio do uso do convênio médico e pagamento da quitação aos trabalhadores desligados, também foram relatados em Guararema.

Problemas com Convênio Médico, FGTS e quitação

“Nós queremos o Fundo de Garantia de vocês depositado. A partir de setembro acabou a MP do Governo que possibilitava postergar o depósito. Nós tivemos reunião com eles em dezembro e a empresa se comprometeu a quitar essa situação em dezembro, mas ela não pagou”, disse o presidente do STIC MOB de Jacareí, Aldeir dos Santos – Barão.

Sobre o convênio médico, o presidente do Sintricom, Marcelo Rodolfo ressaltou a importância da regularidade na prestação de serviços. “Ontem na assembleia na Revap, a empresa disse que já regularizou o convênio médico. Mas, a gente sabe que ele nunca funcionou direito. Muitas vezes, o trabalhador vai lá e não consegue usar por falta de pagamento. Por isso, estamos cobrando a regularidade, pois ninguém merece procurar um atendimento e ser barrado”, disse o dirigente.

“Muitas vezes, o trabalhador vai lá (convênio) e não consegue usar por falta de pagamento. Por isso, estamos cobrando a regularidade, pois ninguém merece procurar um atendimento e ser barrado”

Marcelo Rodolfo, presidente em exercício Sintricom

Alessandra Jorge