Sintricom e ex-trabalhadores pressionam Global Geomática
Ex-trabalhadores da empresa Global Geomática que prestaram serviços na Revap (Refinaria Henrique Lage) em São José dos Campos, o presidente em exercício, Marcelo Rodolfo e jurídico da entidade, decidiram pressionar a empresa para a devolução dos 2,78% descontados nos salários indevidamente na homologação, pagamento da PLR (Participação nos Lucros e Resultados), além de outros benefícios previstos no acordo coletivo.
A empresa também descumpriu cláusula do acordo coletivo. Em 19 de novembro de 2020, a empresa alugou um auditório em um hotel e fez a homologação de 66 trabalhadores no local. O presidente em exercício do Sintricom, Marcelo Rodolfo, esteve no hotel e protocolou junto a empresa Global Geomática, documento alertando sobre a quebra do acordo e sobre aplicação de multa e demais penalidades.
Na época, o ocorrido também foi comunicado à gerência da Revap para que fossem tomadas providências exigindo da Global o cumprimento do ACT em questão sob pena de retenção dos valores de medição que a empresa tenha a receber.
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RENOVAÇÃO ACORDO COLETIVO – Entre os valores a serem pagos está a restituição dos 2,78% que foram descontados da rescisão alegando que havia autorização da Justiça. O percentual refere-se ao reajuste salarial concedido em 2019, considerado abusivo pelo Tribunal Superior do Trabalho.
No entanto, Sintricom e empresas acordaram que não haveria nenhuma devolução e que o índice ficaria como antecipação de reajuste para 2020.
PLR – Os ex-trabalhadores da Global Geomática também reivindicam pagamento proporcional sobre a PLR (Participação nos Lucros e Resultados) de R$ 5.893,56, conquistada no acordo vigente. A data-base da categoria é maio.
“Todas as empresas assinaram o acordo e nós conquistamos que nenhum valor fosse descontado do trabalhador. A atitude da Global Geomática é contra lei, pois não havia ordem judicial para desconto. Já protocolamos documento na Revap comunicando a quebra do acordo coletivo pela empresa e possível retenção de valores de medição que ela tenha a receber. Se não houver acordo, vamos acionar a Justiça para que os trabalhadores recebam tudo a que tem direito”, disse o presidente Marcelo Rodolfo.