Trabalhadores da V.V. Consulting, na Revap, dão prazo para empresa negociar com o Sintricom
Sem acordo, trabalhadores prometem greve a partir de sexta-feira
Em encontros com diretores do Sintricom, na tarde desta última segunda-feira, 26 de junho, e nesta manhã de terça-feira, 27 de junho, trabalhadores da empresa V.V. Consulting, que atuam na Revap, decidiram dar prazo até a próxima quinta-feira, 29 de junho, para que empresa compareça à sede do Sindicato e abra um processo de negociação, visando a celebração de um acordo da campanha salarial deste ano. Se isso não ocorrer, os trabalhadores já decidiram que deflagrarão greve a partir da próxima sexta-feira, 30 de junho.
A decisão foi tomada depois de o Sintricom dialogar com os trabalhadores e mostrar que apesar de a V.V. Consulting estar querendo pagar salários até maiores, quer retirar conquistas históricas da categoria, enfim, benefício que asseguram PLR no valor de R$ 6.300,00, ajuda de custo mensal de R$ 1.100,00, convênio médico gratuito a todos os trabalhadores e seus dependentes, entre outros. “Esses benefícios conquistados pelo Sintricom asseguram mais de R$ 1.600,00 de ganho mensal para cada trabalhador, o que ultrapassa os R$ 20 mil no ano. O salário proposto pode até ser maior, mas os ganhos, no total, acabam sendo inferiores e isso é prejudicial para os trabalhadores, que inclusive terão que passar a custear o seu plano de saúde e de sua família”, destacou o presidente do Sintricom, Marcelo Rodolfo da Costa.
No encontro com os trabalhadores, também foi esclarecido que os trabalhadores da V.V. Consulting são representados unicamente pelo Sintricom. “Trabalhadores que têm contrato de inspeção, fiscalização, consultoria, técnica e engenharia, assim como de montagem industrial são representados pelo Sintricom. O nosso sindicato é o legítimo representante desses trabalhadores e não vamos abrir mão disso”, deixou claro o presidente Marcelo Rodolfo da Costa, reforçando que o Sindeepres está sendo plantado nesse processo de negociação, uma vez que não representa esses trabalhadores.
Neste encontro, ainda, que contou com a participação de diretores do Sindicato dos Condutores do Vale, o advogado Dr. Tony Rocha reforçou aos trabalhadores para que não aceitem nenhum tipo de assédio moral e pressão por parte da empresa. “Isso é crime e se ocorrer qualquer situação de assédio ou pressão, que gere constrangimento, tem que ser denunciada para que medidas cabíveis sejam tomadas. O Sindicato está atento e não permitirá qualquer situação que afete os trabalhadores nesta campanha salarial”, assegurou o advogado.
Vanderlei Zampaulo – MTb-20.124
