Assembleia na Revap dá início as negociações da nova tabela de cargos e salários
Os trabalhadores das empresas terceirizadas na Revap (Refinaria Henrique Lage) em São José dos Campos decidiram em assembleia realizada hoje (5), formar uma comissão e dar início às negociações para a criação de uma nova tabela de cargos e salários. Além da inclusão de funções de técnicos em várias especialidades e inspeção de equipamentos, as tratativas visam também acabar com os cargos criados pelas empresas, que estão fora do Acordo Coletivo vigente, rebaixando o piso dos trabalhadores.
O descumprimento de cláusulas do acordo coletivo vigente também foi pautado na assembleia. Entre as irregularidades das empresas está a falta de repasse do reajuste de 7,59% retroativo a maio, homologação fora da sede do Sintricom, não cumprimento da empregabilidade que obriga contratação de no mínimo de 80% da mão-de-obra local, atrasos nos pagamentos de salários, vales, férias e rescisões.
A postura da Revap, que faz vista grossa a todos os problemas com as terceirizados, que começam desde a forma como são conduzidas as licitações, que priorizam o menor preço e não a qualificação das empresas, também foi criticada.
Um boletim com a manchete “Chega de Calote! Quem é que paga o Pato? Trabalhador não pode pagar essa conta!” foi distribuído aos trabalhadores chamando à atenção para a realidade de quem presta serviços na refinaria.
Além do presidente em exercício do Sintricom, Marcelo Rodolfo e do delegado sindical, Jorginho, o ato contou com a participação do vice-presidente da Feticom – Gilmar Guilhen, do coordenador regional da CUT Vale do Paraíba, Zé Carlos dos Condutores, com o apoio de grande parte dos diretores do Sindicato dos Condutores do Vale do Paraíba e do vice-presidente da entidade, Ronaldo Ripa da Costa. O diretor do Sindicato dos Papeleireiros de Jacareí, Jair dos Santos e o presidente do STIC MOB Jacareí (Sindicato da Construção Civil), Aldeir dos Santos, o Barão.
Homenagem
Ao final da assembleia foi decretado um minuto de silêncio em homenagem aos trabalhadores terceirizados Erick Gois e Audo Alves da Hora, que perdem vida no exercício do trabalho no final de setembro.