Trabalhadores da Revap participem da pesquisa do MPT e pesquisadores da USP sobre segurança e acidentes de trabalho na refinaria
Agora é a nossa vez de denunciar as situações de risco que levam muitos trabalhadores a cometerem atitudes de desvio de segurança, colocando a própria vida e de outros em risco. A enquete faz parte de um acordo assinado entre a Revap e o Ministério Público do Trabalho – 15ª PRT e tem como objetivo analisar os motivos ou razões que podem levar ao descumprimento das normas de segurança da empresa.
Desde a última segunda-feira (28 de março), uma enquete coordenada pelo Ministério Público do Trabalho e por pesquisadores da Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo (USP) está sendo realizada na refinaria.
Segundo a procuradora do Trabalho, Carolina Mesquita, em vídeo gravado especialmente para os trabalhadores da Revap, a enquete tem o objetivo de apurar os desvios nas condutas de segurança na Revap e faz parte de um acordo assinado entre a Petrobrás e o Ministério Público do Trabalho, como resultado de uma ação civil pública movida pelo MPT contra a refinaria, após uma série de denúncias do Sindicato sobre problemas de segurança.
De acordo com ela, a pesquisa é necessária porque o MPT entende que um eventual desvio de segurança não é culpa exclusiva do comportamento do trabalhador, mas a consequência de uma série de fatores humanos e organizacionais que devem ser identificados para que se possa adotar medidas eficazes na tentativa de evitar novos acidentes de trabalho.
Por isso, é importante que todos respondam com o máximo de detalhes.
O anonimato é garantido pelos pesquisadores responsáveis pelo estudo e, em nenhuma hipótese, a Revap terá acesso às suas respostas.
Os dados apurados farão parte de uma pesquisa de mestrado da USP, com o tema “Acidentes de trabalho em uma refinaria de petróleo: identificação dos determinantes sociais e organizacionais no cumprimento de regras de segurança”.
Confira onde estarão os pesquisadores nesta sexta-feira (1º de abril):
Fonte: Redação Sintricom com informações Sindipetro-SJC