Gata agoniza e deixa trabalhadores sem transporte, salário e ajuda de custo

Gata agoniza e deixa trabalhadores sem transporte, salário e ajuda de custo

Os trabalhadores da G&E já não aguentam mais os constantes atrasos da empresa mas, agora foram surpreendidos com a falta de transporte para levá-los ao trabalho na UTGCA (Unidade de Tratamento de Gás) em Caraguatatuba.

Para evitar mais um calote dessa gata que há tempos está agonizando, o presidente em exercício do Sintricom, Marcelo Rodolfo, fez na manhã de hoje (8) assembleia com os trabalhadores e se reuniu com representantes da empresa, para intermediar um acordo que acabe de vez com o problema e garanta o pagamento da PLR (Participação nos Lucros e resultados) que deveria ter caído até 31 de maio, conforme Acordo Coletivo de Trabalho assinado.

Além disso, a empresa precisa acertar a ajuda de custo e o salário do mês de maio, que venceu hoje. Segundo o presidente, em reunião a G&E demonstrou que tem créditos estimados em mais de R$ 1 milhão referente as medições já entregues a Petrobrás. Mas, que não são liberados pela Estatal, pois a empresa está em atraso com os depósitos do FGTS (Fundo de Garantia por Tempo de Serviço) dos trabalhadores e a apresentação do documento é uma exigência.

Após a reunião, uma proposta foi apresentada e aprovada em uma nova assembleia com os trabalhadores.  Ficou acordado, que até a próxima sexta-feira, a G&E viabilizará junto a Petrobrás a sua substituição por uma empresa parceira que assumirá o seu contrato e absorverá os trabalhadores do contrato de rotina.  A operação garantiria a G&E, o recebimento de parte das mediações, o que viabilizaria o pagamento dos atrasos, bem como as verbas rescisórias de cada um.

MIANDO BAIXINHO

Desde o final do ano passado, a G&E vem miando baixinho, dando mostras que não tem fluxo de caixa para garantir os pagamentos dos seus colaboradores e fornecedores. No início desse ano, o SINTRICOM teve que acionar na Justiça o bloqueio de parte dos valores que a empresa teria a receber da Petrobrás. A ação foi vitoriosa, com concessão de liminar favorável ao Sindicato que conseguiu que o dinheiro que a G&E tem a receber da Petrobras seja destinado prioritariamente ao pagamento das verbas rescisórias.


Heitor N. Morais