Nota de Repúdio do Sintricom e da Coordenação da Sub-sede da CUT do Vale do Paraíba
O Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção e do Mobiliário de São José dos Campos e Região (Sintricom) e a Coordenação da Sub-sede da CUT do Vale do Paraíba vêm a público expressar sua profunda indignação frente à repressão violenta ocorrida durante a manifestação pacífica do Grito dos Excluídos, no desfile de 7 de setembro, em São Sebastião.
A Guarda Municipal, em um ato de desproporcionalidade, utilizou força excessiva, incluindo o uso indiscriminado de gás de pimenta, e realizou a prisão arbitrária de dois advogados militantes – Nicoline, do Sindipetro, e Rodolfo, portuário. Essa conduta é inaceitável e representa uma clara tentativa de criminalizar os movimentos sociais, calando as vozes que lutam por justiça, dignidade e direitos.
O Grito dos Excluídos, que ao longo de três décadas tem sido um espaço de resistência e de reivindicação das causas dos trabalhadores, das comunidades marginalizadas e de todos que almejam uma sociedade mais equitativa, foi brutalmente reprimido pela Prefeitura de São Sebastião e sua Guarda Municipal. Essa repressão atenta contra os direitos constitucionais de livre manifestação e de expressão, pilares essenciais da democracia.
Condenamos veementemente a violência e a arbitrariedade com que a Guarda Municipal agiu ao reprimir e prender injustamente manifestantes que exerciam pacificamente seus direitos de cidadania. Essa postura revela o temor e a intolerância daqueles que não aceitam ouvir o clamor dos excluídos e daqueles que lutam por melhores condições de vida e trabalho. É inaceitável que, em pleno 7 de setembro, um dia que simboliza a independência e os direitos do povo brasileiro, haja ações repressivas contra aqueles que, de forma legítima e pacífica, fazem valer sua voz.
O Sintricom e a Coordenação da Sub-sede da CUT do Vale do Paraíba se solidarizam com os companheiros e companheiras que foram agredidos e presos, e exigem que as autoridades responsáveis sejam responsabilizadas por esses atos de violência. Reafirmamos nosso compromisso firme e contínuo de lutar por uma sociedade mais justa, democrática e igualitária, onde a voz dos trabalhadores e trabalhadoras nunca será silenciada.
Não à repressão! Viva o Grito dos Excluídos! Em defesa da vida e da democracia!