Após calote, nova terceirizada assume limpeza na Revap e aumenta precarização

Após calote, nova terceirizada assume limpeza na Revap e aumenta precarização

Serv-San assume contrato abandonado pela Elite, mas situação dos trabalhadores piora

A situação dos trabalhadores da limpeza, asseio e conservação na Revap só piora. No começo do ano quando terminou o contrato com a Vital, os trabalhadores migraram para nova empresa, a Elite, que chegou tirando o café da manhã, convênio médico e reduzindo a mão-de-obra. Na época, os trabalhadores tinham que trazer o próprio café e lanchar fora do refeitório.

A precariedade do contrato contribuiu para que meses depois, a Elite entregasse o contrato de prestação de serviços e fosse embora sem pagar os trabalhadores. O Sintricom interviu e entrou na Justiça para cobrar da empresa o pagamento das verbas rescisórias.

Infelizmente, o ocorrido com a Elite não serviu de exemplo para os gestores na Revap, que contrataram uma nova empresa, a Serv-San, que quer tirar ainda mais o couro dos trabalhadores. Assim como a Elite, nenhum o café da manhã e agora quer descontar o transporte de todos, fazendo com que “paguem” para trabalhar.

E os absurdos continuam. Outra novidade é que a empresa quer que os trabalhadores batam o ponto no canteiro da empresa, fazendo que percam muito mais tempo no deslocamento. Sobre o convênio médico, a conversa “pra boi dormir” é a coparticipação que faz com que o trabalhador tenha que pagar para fazer consultas e exames.

O Sindipetro de São José dos Campos denunciou a situação em suas redes sociais e assim como Sintricom, está cobrando providências.

“Essa situação precária ocorre dentro de uma empresa que apresentou mais de 40 bilhões de reais de lucro no segundo trimestre do ano. É absurdo que a gestão da Petrobrás realize contratações com um patamar tão precário.  O agravamento da precarização acontece justo no momento em que a gestão da Petrobrás determinou o fim das medidas de segurança contra a pandemia, o que irá aumentar o efetivo presencial na refinaria e, consequentemente, a necessidade de higienização das áreas, aumentando assim a demanda da limpeza”, destaca trecho da reportagem publicada no site do Sindipetro de São José dos Campos.

redação: Alessandra Jorge com informações Sindipetro São José dos Campos


Alessandra Jorge