Campanha Salarial 2021 vai começar!

Campanha Salarial 2021 vai começar!

Estamos entrando no mês de abril e 1º de maio é a data base da nossa categoria. É hora de começarmos a Campanha Salarial 2021, preparando as pautas de reivindicações e as mobilizações para garantir conquistas este ano! Como sempre, não será nada fácil. Além da pandemia que mata mais de 3000 pessoas por dia no país, vamos enfrentar a mais grave crise econômica já vista e a unidade entre as empresas e o governo contra os Trabalhadores

Golpe de 2016 uniu empresas e governo contra os Trabalhadores

Desde o golpe de 2016 os Trabalhadores e a população brasileira vem sofrendo derrotas em série: a destruição da CLT durante o governo Temer, com a famigerada reforma trabalhista que retirou direitos históricos e enfraqueceu os sindicatos, dificultando a organização da resistência. A aprovação da infame PEC 55, que congelou os investimentos em saúde, educação e assistência social por 20 anos e o fim da ultratividade dos acordos coletivos permitiu que as empresas fizessem corpo mole na hora das negociações, afinal, sem um novo acordo apenas os Trabalhadores saiam perdendo. Com a eleição de Bolsonaro, em 2018, uma das suas primeiras medidas foi encaminhar a reforma da previdência, destruindo o sonho da aposentadoria que ficará adiado até depois dos 60 anos para a maioria dos Trabalhadores. O desmantelamento das redes de assistência e programas sociais, seja por sua extinção ou pelo corte sistemático dos orçamentos de educação e saúde, tem sido a constante até aqui.

Tudo isso é parte da ofensiva neoliberal dos ricos, que cada vez ficam mais ricos, enquanto nós Trabalhadores cada vez precisamos trabalhar mais e disputar vagas num mercado de trabalho cada vez menor. Hoje já são mais de 13 milhões de desempregados no Brasil, 14,2% da população economicamente ativa segundo o PNAD-IBGE, a maior taxa de desemprego que o país já teve. Junto com o desemprego, o galope da inflação, que em fevereiro acumulou 5,2% em relação a maio de 2020 e cuja previsão até maio, segundo o Banco Central, é de alcançar 7,32%.

A negação da gravidade da pandemia e a negação das vacinas para a população é a pá de cal que essa turma que manda no Brasil joga na nossa cara todos os dias. Nem mesmo a morte de mais de 3000 pessoas por dia tem sido capaz de mudar o comportamento desses abutres.

A única forma de conseguirmos barrar os ataques dos governos e dos patrões é com a nossa união!

Já enfrentamos juntos muitas adversidades e conseguimos vencê-las. Um bom exemplo foi a campanha salarial do ano passado, onde as empresas tentaram de todas as maneiras acabar com a nossa PLR. Juntos garantimos a manutenção dessa conquista e garantimos os reajustes dos nossos salários.

Este ano enfrentaremos juntos novamente esses desafios e vamos buscar a manutenção das nossas conquistas e a melhoria das nossas condições de vida e trabalho. O primeiro passo é a construção da nossa pauta de reivindicações: Reposição da inflação, aumento real de salários, garantia da contratação de mão de obra local, inclusão de novas funções na tabela de pisos salariais, PLR, alimentação e transporte decentes, são alguns dos ítens que reivindicaremos!

Vamos nos preparar e juntos vamos vencer! Todos unidos com o Sintricom, rumo à mais uma campanha salarial vitoriosa!


Heitor N. Morais